Por Imprensa
Os metroviários do Estado de São Paulo realizaram passeata nesta quinta-feira (21/10), a partir das 9h, e ato em frente ao prédio da diretoria do Metrô, na Capital paulista.
O protesto da categoria antecede a greve por tempo indeterminado, marcada para iniciar na próxima terça-feira (26/10).
A categoria quer o direito de denúncia à degradação das condições de trabalho. Assim como, a defesa da manutenção do Metrô como uma empresa estatal, pública, de qualidade e com tarifas acessíveis.
Em entrevista à Agência CUT de Notícias, o presidente do sindicato, Flávio Godoy, afirmou que o objetivo é forçar a empresa a apresentar propostas concretas para as reivindicações da categoria. “Diariamente as bilheterias são assaltadas e os funcionários são agredidos pelos ladrões. Além disso, o metrô reduziu o quadro de seguranças, principalmente os noturnos, facilitando as infrações”.
Segundo Godoy, 90% dos funcionários do Metrô já foram assaltados durante o trabalho. “A estação Metrô Penha já foi assaltada 34 vezes de janeiro a outubro deste ano. E na maioria das vezes os bilhetes que são vendidos nas portas das estações são frutos desses assaltos, por isso temos que acabar com este comércio”, afirma o presidente.
Conforme nota divulgada pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo, o governo e o Metrô reduzem investimentos, aumentam o valor das tarifas, diminuem o quadro de funcionários e eliminam postos de trabalho. Para intensificar o ataque aos direitos dos funcionários, o Metrô não avança nas negociações das reivindicações que o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo já determinou prazo para serem concluídas.
A categoria realizará assembléia na próxima segunda-feira (25/10), às 18h30min, para organizar a greve. “Caso haja avanço nas negociações, a greve poderá ser suspensa”, completa Flávio.
Fonte: CUT Nacional