Por Imprensa
A guerra no Iraque aumentou o risco de atentados terroristas contra o Ocidente, ao menos no curto prazo, argumentou o Instituto Internacional para Estudos Estratégicos (IISS) em seu relatório anual, divulgado ontem.
O instituto acrescentou uma seção sobre a rede al-Qaida, de Osama Bin Laden, em seu relatório chamado de “O Balanço Militar”, um documento que lista o tamanho das Forças Armadas no mundo. “De modo geral, o risco representado pelos atentados terroristas contra ocidentais e contra alvos ocidentais nos países árabes parece ter aumentado depois do começo da guerra, em março de 2003”, diz o relatório.
“Com a invasão e a ocupação militar do Iraque, os EUA mostraram seu desejo de alterar o status quo político no mundo árabe a fim de proteger interesses políticos e estratégicos dos norte-americanos”, afirmou. “Conforme esse padrão, a invasão do Iraque provocou, a curto prazo, a intensificação do recrutamento pelos patrocinadores da Jihad e a motivação da al-Qaida para encorajar operações terroristas”.
O relatório afirmou que metade dos 30 maiores líderes da rede foi morta ou detida depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 contra os EUA, mas que cerca de 20 mil militantes treinados nos campos do Afeganistão continuavam livres.
A guerra no território afegão, declarada depois dos ataques contra os EUA, prejudicou a capacidade de atuação da al-Qaida, mas também tornou com que a rede ficasse mais difícil de ser rastreada, levando seus líderes a se esconderem nas montanhas da fronteira com o Paquistão.
O IISS notou que os países ocidentais mais ricos tiveram sucesso parcial em evitar atentados da al-Qaida. Depois do 11 de setembro de 2001, a suposta rede realizou apenas um grande ataque no Ocidente, em Madri, em 11 de março deste ano.
Em contrapartida, países em desenvolvimento como o Quênia, a Indonésia, o Paquistão e a Arábia Saudita viram um aumento no número de atentados. Muitos desses ataques são realizados por grupos militantes locais, mas segundo o relatório eles ainda têm laços com os militantes da organização de Bin Laden. O documento também notou algum progresso em refrear o financiamento da al-Qaida nos últimos três anos, mas que não havia parado sua força.
Fonte: Portal Vermelho