Por Imprensa
A greve dos bancários, que completa um mês hoje, deve se estender por pelo menos mais uma semana por causa do impasse em que terminaram as audiências de conciliação entre banqueiros e funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Sem negociação, intermediadas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) em Brasília, a greve vai a julgamento na próxima reunião do Tribunal, marcada para a próxima quinta-feira, dia 21.
O pedido de dissídio, que significa um julgamento em rito sumário da greve, foi encaminhado na segunda-feira pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Contec) e envolve somente os funcionários dos dois bancos públicos federais, mas a decisão do TST pode ser seguida também pelos bancos privados.
Além disso, o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) analisa pedido da Federação Nacional dos Bancos para que o processo que envolve os trabalhadores dos outros bancos seja transferido para o âmbito federal.
Durante as audiências de ontem, o presidente do TST, ministro Vantuil Abdala, propôs que os salários fossem aumentados em pelo menos 8,5% — o mesmo percentual já proposto pelos bancos — com um abono de R$ 1.000 e a compensação dos dias parados. A Contec fez contra-proposta de elevar em 1 ponto percentual o reajuste, para 9,5%, com o pagamento integral dos dias parados.
O Banco do Brasil, no entanto, aceitou conceder apenas mais R$ 500 a título de antecipação da participação nos lucros de 2005, pagando apenas um terço dos dias parados – os demais dois terços seriam descontados do salário e das férias, em proporção igual.
O presidente do TST pediu que os bancários voltem ao trabalho enquanto aguardam o julgamento do dissídio.
A diretora de Finanças da Contec, Rumiko Tanaka, afirmou que as assembléias deverão decidir sobre o pedido do ministro. “A gente vai colocar que é um pedido do ministro. Cada assembléia agora vai decidir”, disse ela.
Fonte: Portal Vermelho