Por Marcela Cornelli
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) estima que o valor do salário mínimo brasileiro deveria ser de R$ 1.532,18. O cálculo foi realizado com base no custo apurado na capital mais cara do país em setembro, Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que determina que o salário mínimo deve ser suficiente para atender às necessidades do trabalhador e sua família. Segundo o Dieese, o valor estipulado é o suficiente para cobrir as despesas com alimentação, moradia, saúde, vestuário, educação, transportes, higiene, lazer e previdência social.
Em setembro, este valor equivale a cerca de 6 vezes o mínimo vigente de R$ 260,00. O maior valor para o conjunto de gêneros alimentícios básicos apurado no mês anterior, continuou a ser registrado em Porto Alegre, onde a cesta básica custou R$ 182,38.
O levantamento é realizado em 16 capitais. No ultimo mês, a cesta básica, composta por produtos alimentícios de primeira necessidade, apresentou queda em 15 capitais do Brasil. Brasília foi a única capital a registrar elevação (de 0,55%) em setembro, enquanto as retrações mais expressivas ocorreram em Recife (-10,54%), Natal (-8,79%) e Aracaju (-8,43%).
São Paulo manteve o segundo maior valor (R$ 178,37), seguida pelo Rio de Janeiro, onde os gêneros básicos custaram R$ 171,51. Os menores valores foram verificados em capitais do Nordeste, onde a cesta conta com doze produtos: Recife (R$ 131,53) e Salvador (R$ 132,58). De janeiro a setembro deste ano, a variação do preço da cesta básica foi negativa apenas em uma localidade: Aracaju (-0,43%). Os menores aumentos ocorreram em Recife (1,41%) e Salvador (1,61%).
As maiores altas foram apuradas em Florianópolis (15,17%), Vitória (11,08%) e Belo Horizonte (10,27%).
Fonte: Portal Vermelho