De Tina Braga
O Sindicato dos Bancários da Grande Florianópolis denuncia o Banco do Brasil que, ” está lançando mão de instrumentos antidemocráticos para amedrontar os funcionários que aderiram à Greve”, segundo nota divulgada pela categoria.
Os dirigentes sindicais afirmam que viram “atitudes coercitivas” por parte do BB. “O BB convocou os funcionários a retornarem ao trabalho, sob pena de punições”.
Para o sindicato dos bancários essa atitude é típica dos períodos da ditatura do país.
Hoje, quinta-feira, segundo dia de greve dos trabalhadores em bancos, os bancários consideram que o movimento está fortalecido, “com a categoria disposta a lutar até conseguir um acordo melhor e mais digno”.
Na nota divulgada hoje, os bancários rechaçaram “o autoritarismo, terrorismo e a tentativa de impor uma política de medo aos que acreditam na democracia e na luta dos trabalhadores”.
Segundo os bancários, a superintendência do BB no Estado informou da existência de uma lista com nomes dos trabalhadores em greve. A lista seria uma forma de controle para o corte de comissionamento.
Ontem à tarde, o BB convocou uma reunião com aproximadamente seiscentos funcionários com cargos de chefia, numa tentativa de forçá-los a comparecer na assembléia e rachar o movimento grevista na Capital Federal.
O Sindicato dos Bancários de Brasília formalizou ontem mesmo uma denúncia contra o BB no Ministério Público do Trabalho. O Ministério Público convocou o Banco e o Sindicato para uma audiência na Procuradoria Regional do Trabalho, 10ª Região de Brasília, às 16 horas desta quinta, informaram os dirigentes sindicais.
Segundo o sindicato, a greve dos bancários continua por tempo indeterminado.
(Da redação com informações do Sindicato dos Bancários de Florianópolis.)