– A 6ª Rodada de Licitação de Áreas para Exploração e Produção do Petróleo e Gás, programada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) para os próximos dias 17 e 18, está suscitando uma onda de protestos entre seguimentos tão diversos como o governo do Paraná, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Motivo: irão a leilão aberto à participação de multinacionais “áreas petrolíferas potenciais da costa marítima nas bacias de Campos, Sergipe, Alagoas e Espírito Santo, vizinhas a campos de produção estratégicos onde a Petrobras já investiu cerca de US$ 800 milhões, e onde já foram encontrados 5 bilhões de barris de petróleo”, segundo a FUP.
Trocando em miúdos, com a quebra do monopólio da Petrobras sobre os hidrocarburos nacionais em 1995 – monopólio que passou a pertencer à União e é “administrado” pela ANP desde 1997 –, foi feita uma primeira licitação de campos de petróleo (Rodada 0), preferencial para a estatal brasileira, através da qual a Petrobras escolheu uma série de áreas nas quais teria um prazo para desenvolver estudos de viabilidade econômica e iniciar a produção. As áreas nas quais, por quaisquer motivos, não foram cumpridos os prazos, foram devolvidas à ANP, como previsto em lei. E devem ser disponibilizadas agora no processo de licitação, aberto a todas as empresas – Petrobras e multinacionais – interessadas na sua exploração. (Fonte: Carta Maior)