A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira [26] três suspeitos do assassinato dos três fiscais do trabalho e de um motorista do Ministério do Trabalho, ocorrido em janeiro, em Unaí, no noroeste de Minas Gerais. Para a PF, o crime foi encomendado e, por trás de toda a história, pode estar um dos maiores produtores de feijão do país. Os agentes federais descobriram os criminosos durante uma investigação de roubo de cargas em Formosa/GO. Em depoimento, um deles, que no momento da prisão portava o relógio e o celular de uma das vítimas, confessou o crime.
O deputado federal Virgílio Guimarães [PT/MG], um dos integrantes da comissão de parlamentares que seguiu para Unaí logo depois da prisão dos suspeitos, disse que as “provas são irrefutáveis” contra os suspeitos. Segundo o deputado, os presos seriam os executores do assassinato, e não os seus mandantes.
“Descobrir o nome do mandante é questão de horas ou de um dia. O trabalho da PF está muito adiantado”, afirmou o presidente da Assembléia Legislativa de Minas, deputado Sargento Rodrigues [PT].
Trabalho escravo
Os funcionários do Ministério do Trabalho foram assassinados no dia 28 de janeiro em uma estrada próxima a Unaí, enquanto fiscalizavam denúncias de trabalho escravo em plantações de feijão na região noroeste de Minas Gerais. O objetivo era checar as condições de trabalho, remuneração e acomodação das pessoas arregimentadas para a colheita. Fonte: Fenajufe)