São Paulo tem o maior número absoluto de negros do Brasil. São mais de 3 milhões de pessoas, total superior ao encontrado no Rio de Janeiro (2,4 milhões) e em Salvador (1,8 milhão), capitais em que a população negra tem maior peso relativo. Para ajudar a garantir os direitos de tanta gente, a capital paulista conta desde a última sexta-feira (23) com um comitê de combate ao racismo, criado pela sociedade civil com o objetivo de executar as ações da Campanha Nacional de Combate ao Racismo no Estado de São Paulo.
Lançada em setembro do ano passado pelos Conselhos Federal e Regionais de Serviço Social, em parceria com a Organização de Mulheres Negras Fala Preta!, a campanha tem três objetivos principais. O primeiro deles é a formação e a capacitação dos profissionais do serviço social para combater todo tipo de discriminação. Outra meta é a organização e articulação das diversas etnias – negros, judeus, índios, ciganos – e das entidades desses segmentos para uma luta coletiva. O terceiro objetivo é monitorar a execução das políticas públicas existentes na luta pelo combate ao racismo e garantir a inclusão de ações afirmativas nas políticas que forem elaboradas.
Para isso, o Comitê Paulista de Combate ao Racismo terá entre suas tarefas a organização de cursos e debates, a realização de parcerias com outras entidades, a participação na apuração de casos de racismo e o acompanhamento das políticas públicas locais relacionadas à questão. Caberá também ao comitê fazer denúncias de casos de discriminação racial. São Paulo é o primeiro Estado a lançar seu comitê. A proposta da campanha é que cada Estado possua um. (Fonte: Agência Carta Maior)