Por Marcela Cornelli
A semana começa com uma grande mobilização dos servidores públicos em campanha salarial. Estaduais ou federais, os servidores prometem paralisações de 48 horas e, em algumas categorias, a greve já começou. O conjunto dos servidores públicos federais deliberou pela entrada em greve a partir de segunda-feira, 10 de maio.
“As categorias base da Fenasps (trabalhadores da Previdência Social), da Unafisco (fiscais federais) e Fenafisp (Fiscais Auditores da Previdência) já deflagraram greve e a perspectiva é que outras categorias entrem em greve a partir de segunda”, disse Cristina Miranda, 3ª Secretária do Andes-Sindicato Nacional, setor das universidades federais.
Segundo ela, a base da Condsef-Confederação dos Servidores Públicos Federais e a Fasubra (Federação das Associações dos Servidores das Universidades Brasileiras), que representam cerca de 440 mil trabalhadores, definiram o dia 10 de maio para início da paralisação.
A dirigente afirmou, ainda, que o Andes-Sindicato Nacional, em sua última reunião no dia 1º de maio, aprovou indicativo de greve sem data definida para fortalecer a mobilização. Aprovaram, também, um calendário que definiu a paralisação de 48 horas, a partir do dia 10 de maio e uma paralisação de 24 horas, no dia 20 de maio, data da próxima reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente.
O Andes tem filiadas 50 instituições federais de ensino público que representam 75 mil docentes em todo o país.
O governo anunciou na quarta (5 de maio) que os servidores públicos federais têm prazo até o próximo dia 21 para dizer se aceitam ou não os reajustes oferecidos. Caso contrário, a proposta será retirada da mesa de negociação. “Foi uma reunião decepcionante, porque convocada com urgência limitou-se a comunicar este prazo”, afirmou Lucia Reis, Diretora Executiva e representante da CUT na Mesa Permanente de Negociação dos Servidores Federais. “A notícia não agradou os servidores que podem, sim, ir à greve na próxima segunda, principalmente aquelas categorias que já têm indicativo de greve a partir do dia 10 de maio”, analisou.
Segundo Lucia Reis, os servidores saíram da reunião desanimados porque “a expectativa era que houvesse avanço nas negociações”.
Lucia Reis lembrou que o governo não respondeu, ainda, a questões consideradas fundamentais para os servidores, como “a definição da política salarial, as diretrizes dos planos de carreiras e a mudança da data-base para 1º de Maio”.
A dirigente explicou, ainda, que estão em curso algumas negociações específicas: a dos técnicos administrativos das universidades federais, representados pela Fasubra, e os da Previdência, representados pela Fenasps. “A Fenasps busca abrir negociação também para os trabalhadores da Seguridade Social “, concluiu Lucia Reis.
Fonte: CUT Nacional