Por Marcela Cornelli
O quinto dia de greve dos carteiros foi marcado pela expectativa dos trabalhadores em relação a uma proposta melhorada da empresa. No final de semana os Correios acenaram com duas propostas aos trabalhadores, que recusaram. Os carteiros pedem um reajuste de 69,28%, além de outras reivindicações. A empresa ofereceu um reajuste linear de 6% e um abono de R$ 1 mil, além de aumentos diferenciados de acordo com as faixas salariais. “As propostas não foram aceitas pela categoria e esperamos por índices que possam satisfazer os trabalhadores”, admitiu o diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Correios e Telégrafos de Santa Catarina (Sintect).
A paralisação dos carteiros em Santa Catarina atinge entre 80% e 90% em todo o Estados. Em algumas regiões, todos os funcionários estão parados, como Joinville, Florianópolis, Lages e Chapecó.
Nesta segunda em Joinville uma passeata marcou a greve. Segundo o carteiro Salomé Américo Santos “este é um grande momento, onde a categoria se uniu em torno de uma proposta.” Ele está há 16 anos nos Correios e ganha R$ 600,00. O aumento salarial sugerido pela categoria elevaria o piso para R$ 1.500,00. O piso atual é de R$ 395,00.
De acordo com o gerente dos Correios da região de Joinville, Valdir Neumann, 111 funcionários estão em greve. A paralisação comprometeu alguns serviços dos Correios. Malotes e Sedex são prioridade, contas da Celesc e Casan estão sendo entregues normalmente, mas boletos bancários e contas de telefone foram prejudicados.
Os Correios orientam aos usuários que procurem as unidades de entrega de correspondências para localizar suas cartas.
Os consumidores que receberem contas em atraso podem ficar tranquilos. O coordenador de processos do Procon de Joinville, Jorge Nemer esclarece. “A responsabilidade é das empresas que contrataram os serviços dos Correios”. Nemer lembra que as empresas devem estender os prazos para que os consumidores possam pagar as contas sem multa.
Fonte: Jornal A Notícia