Por Marcela Cornelli
Os fiscais do Ministério da Agricultura em Santa Catarina entram em greve por tempo indeterminado a partir de hoje. Os funcionários dos postos de fiscalização da Capital, Itajaí e Chapecó permanecerão no local de trabalho. Mas, segundo o presidente da Associação dos Funcionários Federais Agropecuários do Ministério da Agricultura, Cláudio Costa, apenas para prestar informações aos usuários.
Os fiscais atuam na certificação e emissão de documentos sanitários necessários para a liberação das exportações de todos os produtos de origem animal e vegetal. Além dos frigoríficos, eles também estão presentes em portos, aeroportos e postos de fronteiras na proteção das atividades agropecuárias contra a entrada de pragas e doenças exóticas. A inspeção feita nas maçãs exportadas para o Canadá e nos suínos vendidos para a Rússia, por exemplo, está entre as atividades que ficarão comprometidas.
A reestruturação salarial, com a equiparação dos salários da categoria e de funcionários que desempenham funções similares, como os da Receita Federal, é uma das reivindicações. Eles também pedem a reorganização da entidade – o que inclui a modernização e a adequação dos equipamentos de trabalho e contratação de pessoal – e liberação de recursos para pagamento de dívidas a fornecedores, referentes a serviços como fornecimento de energia e telefone.
“Já estamos nessa crise há algum tempo mas ela se agravou em 2003, no final do governo passado”, avalia Costa. Ele acredita que a greve deve iniciar com expressiva adesão por parte dos 150 fiscais federais de Santa Catarina.
Outras atividades que são afetadas pela paralisação é a inspeção nas fronteiras de produtos e animais para impedir o ingresso de doenças; a fiscalização de insumos, como medicamentos veterinários e adubos; e inspeção de bebidas a serem exportados. Em 2003, o setor agropecuário teve um superávit de US$ 26 milhões.
Fonte: Jornal A Notícia