Diretores do Sintrajud conseguiram ser recebidos pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, pouco antes de um evento no TRF-3, na noite de segunda-feira, 13. O ministro voltou a dizer que está empenhado pela aprovação da reposição salarial dos servidores do Judiciário Federal, prevista no PL 7920/14, mas não deu sinais concretos sobre a retomada das negociações com o Poder Executivo.
“Tive um contato pessoal com o deputado Arnaldo [Faria de Sá] neste fim de semana, tenho falado com [ministro da Fazenda, Joaquim] Levy; estou fazendo tudo o que posso desde que começou o Plano de Cargos e Salários”, disse Lewandowski. “Mas é preciso ver que a política mudou, a economia mudou.”
O rápido encontro ocorreu na garagem do Tribunal, logo depois da chegada do ministro a São Paulo para homenagear desembargadores que cumpriram metas. Ao chegar, Lewandowski foi recepcionado por um barulhento grupo de servidores, com apitos e bandeiras, que exigiam do presidente do Supremo um posicionamento firme em defesa da reposição salarial.
“O ministro vai homenagear os desembargadores que bateram metas, mas sabemos que quem bateu as metas foram os servidores”, disse Maria Helena Leal, diretora do Sintrajud. “Esperamos que o ministro assuma seu papel como representante do Judiciário e, em última instância, como nosso representante”, afirmou a dirigente, ao cobrar de Lewandowski a defesa do projeto salarial nas negociações com o Poder Executivo.
Uma comissão formada por Maria Helena e os diretores Antônio Melquíades (Melqui) e Cléber Borges de Aguiar entregou ao ministro, na garagem do TRF-3, um ofício com as reivindicações dos servidores.
Pouco antes, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), relator do PL 7920/14 na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, havia chegado para participar do evento. Ele desceu do carro e procurou mostrar solidariedade com a luta dos servidores. “Aprovamos nosso relatório na CCJ e nesta semana termina o prazo para recurso”, declarou. “Já conversei com o senador Romero Jucá [PMDB/RR, relator do Orçamento] para conseguirmos aprovar também no Senado e termos uma primeira parcela do reajuste já neste ano”, acrescentou.