50% de perdas é uma vergonha! Dilma, respeita a autonomia do Judiciário!

Ao conceder entrevista ao Jornal Nacional na última segunda-feira, 18, a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) disse, ao responder questionamento sobre o julgamento dos acusados pelo mensalão, que não pode comentar a decisão porque respeita as decisões e a autonomia do Poder Judiciário. É uma grave contradição com a postura adotada ao cortar a reposição dos servidores nos orçamentos enviados pelo Judiciário nos últimos anos.
 
Para que o reajuste há tanto tempo cobrado pelos servidores do Judiciário Federal finalmente se concretize, é preciso que haja respeito do Executivo à mesma autonomia evocada na entrevista. O Poder Judiciário e o Ministério Público da União encaminharam suas propostas orçamentárias para 2015 incluindo os reajustes dos servidores. Na entrevista, Dilma foi clara: “a Constituição exige que o presidente da República, como exige dos demais chefes de Poder, que nós respeitemos e consideremos a importância da autonomia dos outros órgãos”, afirmou. A categoria espera, então, que a presidente não mais interfira nas peças orçamentárias dessas instituições, mantendo os valores necessários à reposição das perdas que já beiram os 50%.
 
O problema do reajuste dos servidores do Judiciário e de outras carreiras do serviço público fez com que Dilma se colocasse em contradição outra vez na entrevista ao Jornal Nacional. A presidente disse que “nós enfrentamos a crise, pela primeira vez no Brasil, não desempregando, não arrochando os salários, não aumentando tributos”, o que não é verdade. Apenas os servidores do Judiciário Federal já acumulam perdas de quase 50%, em um longo e duro arrocho salarial que já dura oito anos, e outras categorias também amargam perdas. Tudo isso demonstra não haver coerência entre a prática e o discurso da presidente! Com informações do Sintrajufe
 
Reunião com Lewandowski
 
A pressão da greve aumenta e já deu resultado: o ministro Ricardo Lewandowski receberá a categoria nesta quinta-feira (21). É a oportunidade de levarmos até o presidente do Supremo a reivindicação de uma categoria que tem abraçado a greve: é preciso que o STF  negocie com a presidenta Dilma e exija respeito à autonomia do Judiciário!