Quem passou pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na manhã de ontem pôde ver uma multidão carregando faixas, balões, apitos e gritando palavras de ordem como “Eu quero agora. Eu quero já. Eu quero ver o salário aumentar”. Trata-se da 3ª Marcha em Defesa do Salário Mínimo que, de acordo com dirigentes da Central única dos Trabalhadores [CUT], reuniu 30 mil pessoas.
Os manifestantes seguiram em passeata pela Esplanada dos Ministérios ocupando quatro das seis faixas da pista de um dos pontos mais conhecidos de Brasília. Seguindo um carro de som que ecoava a palavra ordem, os manifestantes reivindicaram o reajuste do salário mínimo para R$ 420 reais – atualmente é de R$ 350, a correção da tabela de imposto de renda em 7,77% e uma política de valorização do salário mínimo. “Estão presentes nessa marcha pessoas de todos os lugares do país lutando por um único ideal. Nossa expectativa é que o governo atenda as reivindicações dos trabalhadores”, disse o presidente da CUT nacional Artur Henrique. Para a secretária de política sindical da Central, Rosane Silva, “esse é mais um momento histórico de luta dos trabalhadores”.
No fim da manhã de ontem, os manifestantes se concentraram em frente ao Congresso Nacional e realizaram um grande ato político. Agora, na parte da tarde, o presidente da CUT, e das centrais sindicais Força Sindical, CGTB, CGT, SDS, CAT e NCST, também realizadoras da Marcha, se reunirão com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para entregar formalmente a reivindicação e iniciar a negociação com o governo. Ainda na tarde de ontem, os presidentes das centrais participarão do Seminário de Valorização do Salário Mínimo, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, em que estará presente o presidente da Câmara, Aldo Rebelo. Na oportunidade, os sindicalistas também levarão a reivindicação ao presidente da Casa. Amanhã, a reunião dos presidentes das centrais será com os ministros do Planejamento, Fazenda, Trabalho e Previdência.
Fonte: Fenajufe (Vanessa Galassi)