Série de Encontros “Direito e Cinema” tem sessão dia 4/10 com filme “Conflito das Águas”; Sintrajusc é um dos organizadores

O Sintrajusc é um dos organizadores da Série de Encontros “Direito e Cinema”, que terá nova exibição dia 4 de outubro, das 16h30 às 19 horas, no Auditório do TRT-12  (Rua Esteves Junior, 395 – Centro), com o filme “Conflito das Águas” (Icíar Bollaín, 2010). Haverá pipoca e refrigerante. A realização é resultado de parceria com a Escola Judicial (Ejud). Haverá transmissão via Zoom. Inscrição no link: https://forms.gle/L925nWuvXjhuQFSLA

Público-alvo: magistradas, magistrados, servidoras, servidores, trabalhadores terceirizados, estagiárias, estagiários e jovens aprendizes do TRT-12, de outros TRTs/TST e público em geral.

Debatedor: Rafael Rosa Hagemeyer, pós-doutor em História da Arte na Universidade Autônoma de Madri e cineasta

SAIBA MAIS SOBRE OS ENCONTROS DIREITO E CINEMA 2024

Por Adailton Pires Costa, coordenador de Formação Sindical do Sintrajusc

O projeto “Encontros Direito e Cinema” inaugurado em 2024 é uma parceria entre o Sintrajusc e a Escola Judicial que visa promover a sensibilidade social e o conhecimento da realidade brasileira por meio da arte. Ao longo de 2024 serão exibidos 3 filmes que retratam 3 perspectivas conectadas que permitem compreender um pouco acerca das raízes sociais dos problemas brasileiros. Refletir sobre esses problemas é buscar conhecer o palco em que são gerados os conflitos que embasam os processos existentes em nosso Sistema de Justiça. Essas três perspectivas são: as condições de trabalho no Brasil contemporâneo; os mecanismos de espoliação da riqueza socioambiental no sistema econômico atual (que acarretam essas condições de trabalho); e as lutas sociais contemporâneas que valorizam condições de vida e trabalho mais dignas.

O primeiro filme escolhido foi “Servidão”, de Renato Barbieri, exibido em 1º de agosto na sala de cinema do CIC, que retratou as condições de trabalho análogas à escravidão no Brasil contemporâneo a partir de relatos dos próprios trabalhadores que sofreram tais condições.

O segundo filme foi “O fio da meada”, de Silvio Tendler, que foi exibido em 06 de setembro, no qual o diretor reflete sobre as formas de expropriação dos (bens) “comuns” no atual modelo socioeconômico capitalista, que tem acarretado a expulsão de populações originárias de suas terras, alimentando mecanismos precarizantes e neoescravistas de superexploração da força de trabalho.

O terceiro filme desse ciclo será También la lluvia (lançado no Brasil com o título Conflito das Águas), da diretora Icíar Bollaín, programado para ser transmitido em 04 de outubro também no auditório do TRT12, às 16h30min, inclusive com transmissão online. Essa obra, embora de ficção, parte de experiências contemporâneas de lutas populares pelos bens comuns na América Latina, que confrontam a herança colonial e os ataques imperialistas.  A trama do filme se passa na Bolívia, no contexto da história real conhecida como “Guerra da Água”, uma revolta popular em 2000 contra a privatização da água, que foi entregue a uma empresa estadunidense.

Num contexto de destruição desenfreada do meio ambiente em que estamos vivendo, esse filme aponta a necessidade de estabelecermos um freio de emergência contra a superexploração no capitalismo dependente, apontando para uma forma mais equilibrada, igualitária e justa de bem viver.