O Fórum Social Mundial definiu uma agenda de manifestações para os próximos meses que inclui uma mega manifestação no dia 19 de março, dentro do Movimento Global Antiguerra. O movimento pretende colocar milhões de pessoas nas ruas para protestar contra a intervenção militar dos Estados Unidos no Iraque e denunciar a farsa das eleições no país.
A luta contra a ocupação no Iraque se desdobra em muitas outras medidas paralelas ao protesto global, marcado para daqui a seis semanas. Com o objetivo de estimular a não participação na guerra, organizações americanas oferecem suporte aos soldados e a seus familiares. “Até agora, cerca de cinco mil soldados não se apresentaram para servir. Países como o Canadá os aceitam como exilados políticos. Queremos ampliar esta condição, para que outros países também ofereçam essa possibilidade para os considerados desertores”, explica Medea Benjamin, da Unit for Peace and Justice (União por Paz e Justiça).
A assembléia aprovou a realização de duas campanhas em nível internacional: uma contra as bases militares de Guantânamo e outra contra o muro do apartheid na Palestina. Também foram deflagradas campanhas de boicote às corporações e instituições financeiras que ocuparam economicamente o Iraque.
Um calendário com os principais “dias de luta” foi definido pelas organizações. Primeiro de maio, que tornou-se um dia internacional de luta contra a globalização, também será dia de se manifestar contra a utilização de armas nucleares. De 2 a 6 de julho, acontece a reunião anual do G-8 (grupo dos oito países mais ricos e poderosos do mundo), em Edimburgo, na Escócia. Essa reunião também já ficou caracterizada como sendo um período anual de protesto da sociedade civil organizada contra a efetivação das políticas neoliberais. Em novembro, acontece a reunião da Aliança de Livre-Comércio das Américas (Alca), em Mar del Plata, na Argentina. Movimentos e organizações convocaram todos os participantes do FSM a promover manifestações de repúdio à implantação de acordos que, de acordo com a avaliação deles, só privilegiam os Estados Unidos, em detrimento de toda a América Latina. E, finalmente, fechando o calendário de ações para as maiores mobilizações populares do ano, em dezembro acontece a reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Hong Kong.
Fonte: Agência Carta Maior